Páginas

C04 - De "I Always Love You" - Pov de Noto

Notas iniciais do capítulo:

>>Esta Fic passa-se depois de School Rivals. Nela Mari é a nossa protagonista que sofre de amnésia, mas ao longo da fic vai recuperando aos poucos e poucos. 

>>Neste excerto foca o ponto de vista de Noto. Aqui ele reconhece que relação entre ele e Mari não vai bem e lembra-se de como a conheceu.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Noto Pov

Hoje cheguei cedo á editora, a paisagem sem si não era muito convidativa a ser observada já que estava encoberta. No meu gabinete foi ver o que tinha para revolver de mais urgente quando sentava-me na cadeira. Entretanto alguém bateu á porta.

 – Posso? – Diz uma voz masculina.

 – Sim. – Ligando o portátil.

 – Sou eu, Noto. – Diz Nushimizu com as mãos nos bolsos.

 – O que trás por cá? – Olhando para ele.

 – Nada de mais apenas queria sabes se querias vir beber um café comigo?

Semicerrei os olhos pois não tinha muita vontade de ir, mas mesmo assim fiz-lhe a vontade.

Sentei-me numa das mesas com vista lá para fora pensativo enquanto Nushimizu pedia os cafés.

 – Aqui tens, Noto.

 – Obrigada Nushimizu.

 – Afinal o que tens Noto? – Dando um golo com olhar serio.

 – As coisas não estão bem entre mim e Mari.

 – O que aconteceu?

 – Mari já não me fala e evita-me... – Olhando para caneca. – Acho que desta vez as coisas não vão acabar bem. – Ao terminar a frase começou chover.

 – Porque não tentas falar com ela com mais calma hoje?

 – Vou tentar.

Após acabar-mos de beber o café Nushimizu acompanhou-me até ao gabinete.

 – Ei Noto, vais ver que as coisas podem melhor. – Optimista.

 – Talvez sim.

Fechou a porta do meu gabinete quando foi embora. Fui até as janelas e liguei a rádio para ver o que dava.

 – ...meus caros ouvintes hoje parece que o sol não quer sair de casa. Já a seguir aqui na estação Hachi podem ouvir uma das musicas de Mari Code...

Quando locutor disse o nome de Mari fiquei ainda mais pensativo.

 –....Isso mesmo a jovem Mari que actua no Bar DJ Power. Fiquem agora com a musica “I Just Want To You Be Happy” de Mari Code.

O titulo da musica fez-me recordar quando conhecemo-nos, era um dia chuvoso como o de hoje as aulas tinhas acabado e estava acabar de arrumar a minha pasta para ir para casa. Quando ouvi uns pequenos acordos de guitarra e uma voz feminina a cantar. Provinham da sala ao lado do primeiro da turma B. Fiquei há porta da sala a ouvi-la tinha uma voz suave.

 – Bolas!!! Este acorde está mal. – Poisando a guitarra irritada. – Bem vou buscar algo para comer e depois vou tentar arranjar um acorde que fique bem na sequência.

Nesse instante os nossos olhares encontraram-se ficamos os dois em silencio durante alguns segundos.

 – Hum...Olá passa-se alguma coisa? – Um pouco intrigada.

 – O quê? Não. Apenas achei a melodia da tua musica cativante, nada mais.

 – A serio?! – Surpreendida. – Eu sou Mari Code.

 – Noto Hosokawa.

Naqueles espaço de tempo senti que tínhamos criado uma ligação.

 – Achas que podias fazer-me companhia na cafeteira?

 – Claro.

 – Fixe. – Sorridente.

Na cafeteira ela começou a falar-me da musica que estava a compor, ela contou-me que a irmã dela foi quem a inspirou a escrever a musica, já que a irmã dela há pouco tempo terminou com o namorado, por opção dela.

 – Eu não consigo achar um bom acorde para parte final. – Disse chateada.

 – Eu posso ajudar-te arranjar um acorde.

 – Ok, mas sabes tocar guitarra?

 – Sim tenho algumas noções.

 – FIXE!!! Acho que és a primeira pessoa que conheço nesta escola que saiba tocar guitarra.

Quando acabamos de comer fomos os dois para sala de musica. Ajudei a arranjar o acorde certo após varias tentativas. Foi um dia bem passado apesar de estar a chover a potes, nós cantamos e também conversamos, e descobri que tínhamos muitos pontos em comum. Nessa altura ela concorreu ao concurso de talentos na escola, é claro que ganhou o primeiro lugar do concurso, celebramos os dois juntos a vitória dela. Não demorou muito tempo em termos sentimentos um pelo outro. Pergunto-me se não tivesse-mos encontrado naquele dia, será que hoje o resultado seria diferente?

De repente o meu telemóvel toca. Peguei nele era Nushimizu.

 – Diz.

 – Ela acabou de chegar e ela está no bar.

 – Ok. – Desligando.

Voltei a olhar mais uma vez pela janela pensativo, talvez seja a minha ultima oportunidade de compor as coisas. Saí do gabinete e fui ter com Mari, lá ela ainda acabava de beber o café, quando saio ela viu-me mas desprezou completamente a minha presença e ficou há espera do elevador.

 – Mari, eu quero falar contigo, pode ser? - Aproximando-me dela.

Ela voltou-se para mim com sobrolho franzindo.

 – Ok, pode ser. – Acompanhado-me até ao meu gabinete.

Achei estranho a atitude dela, porque normalmente teria virado-me as costas.

 – Então o queres falar comigo? – Encostando-se a beira da secretaria.

 – Diz-me o porque de estares a evitar-me? – Fechando a porta do gabinete.

 – Acho que já sabes resposta a isso. – Um pouco zangada.

 – Resposta? Do que estás a falar? – Não percebendo a onde queria chegar.

Mari tira do bolso o telemóvel dela e amostra-me uma foto, é claro que fiquei surpreendido com o que vi.

 – Não pode ser. IMPOSSIVEL!!! – Ainda chocado com a foto. Vanessa aparecia deitada na minha cama sobre o meu peito que tapava-lhe os seios dela e a cintura para baixo estava tapada com os lenções.

 – Espero que sejas feliz com ela Noto, afinal ela é a tua noiva, por definação.

 – A onde arranjas-te isto? Está foto é uma montagem!!! É mais um esquema dela Mari. – Explicando-me.

Mari nada disso apenas olhou para chão.

 – Se ela disse-te alguma coisa, é tudo mentira. Tens de acreditar em mim. – Agarrando-lhe nos braços.

 – Para mim chega, Noto. – Soltando-se. – Não quero saber mais. – Olhando-me nos olhos.

 – Mari... – Semicerrando os olhos.

 – Eu não aguento mais. Apenas esquece que eu existo.

A ultima frase fez-me estremecer e ao mesmo tempo entristeceu-me, depois de tê-la encontrado o nosso final feliz não existia.

 – Tenho de ir embora Noto, Yori espera-me. – Tirando-me o telemóvel dela das minhas mãos.

 – Yori?! – Franzindo o sobrolho. – Andas a sair com ele?

 – Sim, nós já não temos nada um com o outro, alias nem sei por que estou a contar-te isto, é algo que não te diz respeito. – Dirigindo-se para porta.

No momento que ela ia abrir a porta eu fecho-a bruscamente de maneira com que Mari ficasse entre os meus braços.

 – O que pensas que estás a fazer? – Um pouco irritada.

 – Porque andas a sair com ele? – Exigindo uma explicação mais concreta num tom alto.

Nada disse o que fez-me ficar mais irritado.

 – Responde-me. – Agarrando-lhe o braço com força.

 – Noto estás a magoar-me.

 – RESPONDE-ME!!!

Nesse momento ela olha-me nos olhos num tom serio.

 – Ele faz-me sentir bem, não sinto-me insegura com ele, gosto de estar ao pé dele.

 – O que estás a dizer?!

 – Ele...ele faz-me FELIZ. – Em voz alta.

A ira que alastrava-se dentro do meu corpo era de tal maneira que eu já não pensava claro.

 – Agora solta-me Noto tenho de ir--

Naquele momento beijo Mari de surpresa, ela ainda tentou empurrar-me para trás mas não deixei-a.

 – No...to... pá..ra... – Desesperadamente por soltar-se.

Eu profundava o beijo a cada segundo, perder a Mari era algo impensável para mim eu não posso perde-la, não posso.

 – Pára. – Dando-me uma chapada no rosto acordando-me. – É melhor assim, eu não quero sofrer mais, Noto e acho que tu também não. – Num tom baixo.

Soltei-a ficando a olhar para chão franzindo o sobrolho.

 – Tenho de ir Noto, - Com os olhos semicerrados para mim. - adeus.

Quando ela saio do gabinete o som da porta a fechar-se, apercebi-me naquele momento que Mari nunca mais ia voltar para mim, todo o que tinha dela desvaneceu-se por completo. Fui para escadas de emergência a chuva era cada vez mais, o meu olhar fixava o vazio. Ouvi a porta abrir-se.

 – Noto...

Era Nushimizu, não respondi-lhe.

 – Parece que as coisas, não correram bem. – De costas para a paisagem com as mãos nos bolsos.

 – Desta não há retorno. – Suspirando. – Mari encontrou outra pessoa que a faz feliz.

 – Estou a ver. – Olhando para o tecto.

 – Mari recebeu uma foto de Vanessa e eu na minha cama. – Olhando para Nushimizu.

 – De certeza que foi mais um esquema dela. – Pensativo.

 – Mas talvez tenha sido melhor assim. - Voltando a olhar para o vazio.

 – Achas?

 – Nós os dois estávamos sempre a magoar-nos e... – Suspirando. – Talvez ela seja mais feliz agora, já que eu não consegui fazê-la. – Com alguma amargura na voz. – Eu vou regressar para meu gabinete.

 – Ok. – Indo-me embora.

No gabinete sentei-me na cadeira encostando-me para trás, a pensar de como será o amanhã sem Mari eu sei que não é fim do mundo, mas ela foi alguém que marcou-me muito desde da secundária. Tapei os meus olhos com a palma da minha para ocultar as lágrimas que lá saiam com tristeza.

<- | ->

Sem comentários:

Enviar um comentário